A Dança da Morte

The Stand

Stephen King



SINOPSE:

Uma poderosa arma biológica, conhecida formalmente como Projeto Azul ou "Capitão Viajante", acaba presumivelmente com grande parte da população do planeta. Apenas uma pequena parcela da população é resistente ao vírus, que é extremamente mortal. A primeira parte do romance abrange 19 dias e discorre sobre a quebra e destruição da sociedade em cenas bastante gráficas. O romance prossegue, na parte dois, entrelaçando odisseias da travessia do país de um pequeno número de sobreviventes, incluindo uma estudante colegial grávida (Frances Goldsmith), um trabalhador de fábricas desempregado do Texas (Stuart Redman), um errante com ensino superior (Harold Lauder), um viajante surdo-mudo (Nick Andros), um músico pop insatisfeito (Larry Underwood), e um professor de sociologia pessimista (Glen Bateman). Eles se afogam juntos por seus sonhos compartilhados de uma mulher psíquica idosa que eles viam como um refúgio. Esta mulher, Abagail Freemantle (conhecida como "Mãe Abagail'), se torna a líder espiritual dessa turma de refugiados, que tentam restabelecer uma sociedade democrática na cidade Boulder, do Colorado. Enquanto isso, outro grupo de sobreviventes incluindo um ladrão de bens públicos, um incendiário (Trashcan Man), e o ex-chefe do Departamento de Polícia de Santa Monica são impelidos a Las Vegas, Nevada, por outra entidade, um ser mau e sobrenatural conhecido como Randall Flagg, o "Homem Negro," ou o "Homem Andante." O comando de Flagg é tirânico e brutal, ainda que efetivo. Na parte três, o palco final é montado quando os dois grupos tomam consciência de si, e cada um reconhece o outro como uma ameaça para sua sobrevivência, levando à resistência do bem contra o mal, envolvendo uma arma nuclear perdida.

DETALHES:

O romance está estruturado em 3 partes distintas, em sequência cronológica, cada uma desenvolvendo uma etapa específica da história.

O Capitão Viajante:

A peste (supergripe, gripe azul ou capitão viajante) alastra-se pelo mundo, matando em pouco tempo a quase totalidade da população mundial. Os poucos sobreviventes começam a unir-se uns aos outros até formar 2 grandes grupos: o primeiro, guiado espiritualmente por Mãe Abigail, e o segundo, sob uma obscura influência de Randall Flagg.

Na Fronteira:

Os seguidores de Abagail instalam-se em Boulder, no Colorado, onde começam a reconstruir a sociedade como eles a conheciam. Em Las Vegas, os seguidores de Flagg implementam uma autocracia orientada para a busca de poder bélico e fortemente centrada no próprio Flagg. A posição de ambas cidades uma em relação à outra, separadas quase que apenas pelas Rochosas, denuncia a condição de antagonismo que seus respectivos líderes já previam.

O Confronto:

A coexistência entre as duas sociedades torna-se impossível após um ataque à sede do comitê da Zona Livre revelar-se manipulado indiretamente pelo próprio Flagg. Finalmente, os membros sobreviventes do comitê resolvem confrontar-se com Randall Flagg, dirigindo-se até Las Vegas, munidos apenas de sua própria fé.


O principal vilão do romance é o tradicional personagem de King, Randall Flagg, o qual aparece em outros romances do autor, por vezes com outros nomes, como Walter das Sombras na série A Torre Negra. Aqui, ele é apresentado como uma espécie de demônio, um representante das trevas dotado de poderes obscuros que tem por objetivo dominar o novo mundo que surge a partir da reconstrução. Reúne seus seguidores em Las Vegas, onde prepara-se para atacar militarmente os refugiados em Boulder, os quais considera seus rivais.
O contraponto a Flagg é dado pela personagem de Mãe Abagail, apesar de, no decorrer da história, sua participação mostrar-se reduzida. Sua principal contribuição é servir de guia espiritual aos partidários das forças do bem, os quais reúne em Boulder, para a fundação de uma nova sociedade, batizada por eles como Zona Livre de Boulder. O papel de protagonistas acaba sendo dividido por diversos personagens, os membros do comitê da Zona Livre, que tomam para si a responsabilidade de liderar a nova comunidade na reconstrução de seu mundo e de resistir à ameaça representada pelos seguidores de Flagg. Os principais membros do comitê são Stuart Redman, Frances Goldschmidt, Glenn Bateman e Larry Underwood.
O mundo pós-apocalíptico de A Dança da Morte aparece também no livro A Torre Negra: Mago de Vidro, o volume 4 da série. É apresentado como uma realidade paralela dentre diversas outras possíveis no mesmo espaço e tempo.



COMENTÁRIOS:

Após um vírus "artificial" "escapar" de um laboratório militar, a humanidade é quase dizimada em poucas semanas. Apenas alguns sobrevivem por serem misteriosamente imunes ao vírus e então passam a ter sonhos com uma velha mulher chamada Mãe Abagail, que diz que cada um deles deve ir ao seu encontro. Além dos sonhos eles tem pesadelos com um homem chamado Randall Flagg (que é o O Homem Negro, que o Pistoleiro seguia em A Torre Negra). Os personagens então saem em busca de Mãe Abagail ou de Randall Flagg, escolhendo o lado que ocuparão em um futuro confronto.
Stephen King escreveu, na primeira parte, um livro sobre um grupo de pessoas sobrevivendo a um desastre que quase põe fim a raça humana e eu gostei imensamente desta primeira parte. Eu confesso que meu lado gore se deliciou com as descrições extremamente gráficas da peste (provavelmente não gostaria de ver as cenas descritas) e fiquei curiosa para saber o que viria a seguir.
Em seguida King introduz o sobrenatural na pessoa de Flagg, que se aproveita da peste para se tornar uma espécie de líder, induzindo as pessoas a fazerem coisas terríveis. A partir daí eu comecei a ficar meio chateada com a história. Não que ela seja ruim, de forma alguma, só não achei tão boa quanto a parte inicial. O sobrenatural rende duas partes da história e me desgostou muito porque vários dos meus personagens favoritos começam a morrer.
Esta versão que eu li e estou resenhando é a versão na íntegra, ou seja, a edição com as 300 páginas cortadas na edição publicada nos anos 70... talvez por isso tenha ficado um tantinho demais para mim. detesto histórias enroladas e extensas sem motivos reais (sim, A Dança da Morte não precisava de mais de mil páginas para contar sua história).

SPOILER!

O pior de tudo, em relação ao livro, é toda a cruzada dos mocinho, que na parte final do livro os leva por uma viagem sem volta para a  maioria deles até Las Vegas, a fim de confrontarem Flagg e seus seguidores, cumprindo o papel que Deus legara a eles e, tcharam... Deus surge do céu com um punho gigante exterminando os malvados, ou seja, porque os pobres coitados fizeram toda aquela viagem, se ferrando, se não fizeram nada no grande desfecho????


Recomendo este livro para quem gosta de ler, gosta de livros extensos, repletos de detalhes (até demais), que gosta de livros apocalípticos, bem contra mal, que tem curiosidade por ter relação com a série A Torre Negra e quem é fã de Stephen King (meu caso).

O livro foi adaptado para a TV em forma de mini-serie (1994). Assisti na Globo, retalhada e mesmo assim tinha umas 4h e levei a madrugada com essa brincadeira, ainda por cima com meu personagem favorito morrendo antes do fim. Sinceramente, eu não lembro direito do inicio, que é referente a parte da gripe se espalhando e matando as pessoas; só lembro da busca das pessoas e de Flagg governando em Las Vegas. Eu nem se quer lembrava que no filme havia atores como Gary Sinise e Corin Nemec!!!!
AQUI você pode ler mais sobre o filme.
Pelo que sei Ben Afleck está interessado em refilmar The Stand, mas a nova versão ainda não saiu do papel.


Aqui as páginas iniciais da adaptação para HQ de A Dança da Morte.
Fiquei curiosa para ler.

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