Greygallows

Bárbara Michaels

SINOPSE:

Lucy Cartwright acaba de sair de um colégio para jovens damas. Pouco após sua saída ela conhece o Barão Clare e, apesar dos rumores de que ele possuía um passado muito obscuro e desagradável, aceita tornar-se sua esposa e seguir para a casa da família, Greygallows. Após sua chegada as coisas começam a mudar em seu relacionamento com o marido e a mocinha se vê em meio a uma trama de mistério, decepção, traição e perigo, que visa acabar com sua vida.

COMENTÁRIOS:

Este é o tipo mais clássico de romance gótico que se pode ter em mãos: a mocinha é, em todas as definições, uma dama em perigo. Temos, além dela, um marido maldoso e o mocinho apaixonado, que está sempre lá para salvar a mocinha.
Lucy Cartwright, nascida em 1826, ao contar sua história tem 17 anos, órfã e rica. Logo nas primeiras páginas ela é retirada do internato por sua tia, com quem não possuía nenhuma intimidade ou afinidade. 
A mocinha é apresentada a sociedade em busca de um marido, mas se apaixona pelo professor de música... o que não vinga por conta da tia, que desmascara o homem, revelando-o  como um caça dotes. É aí que surge o Barão Clare; bonito, misterioso, dono de uma vasta propriedade em Yorkshire e sem dinheiro. A moça se casa com ele cedendo a pressão da tia.
Chegando a Greygallows, a protagonista simplesmente parece outra pessoa. Talvez isto tenha me impedido de gostar muito do livro, já que a nova personalidade de Lucy é intragável.
A mocinha espirituosa que apreciava praticamente tudo o que a vida oferecia e que estava no inicio da vida, aos 17 anos de repente passa a se comportar como uma mulher de meia idade (as daquela época, bem entendido). 
A desculpa é a moça ter quase morrido de tifo um pouco antes de seu casamento, mas eu não engoli esta ideia. Talvez a autora tenha achado esta saída a mais fácil, pois se Lucy continuasse a ser como era antes da doença teria mandado tudo as favas e saído daquela casa, ao invés de fica quietinha aceitando tudo o que lhe era feito e todas as tentativas de matá-la. Sinceramente, quem em sã consciência permanece quase em estado comatoso diante do risco de morrer?
Na verdade, não gostei de nenhum dos personagens e nem da trama, mas valeu a pena por ler algo que provavelmente se assemelha aos romances góticos que as mocinhas liam nos idos 1800 :-)
O mais fantástico de tudo, nesta minha incursão a leitura das obras de Bárbara Michaels, é a variedade de tramas, cenários, personagens. Estou amando. Obrigada, Amanda DeWes, por ter me recomendado os livros dela.

AQUI!!!!
Meu tipo de capa. 
Estranha e charmosa, ao mesmo tempo.
Infelizmente não consegui esta capa em qualidade melhor.
Interessante. 
A moça parece mais velha do que deveria.
Também é meu tipo de capa.
Generic Cover Art.

Repostagem: Romances Rebeca

Atendendo a um pedido, estou recolocando os livrinhos da coleção Romances Rebeca que possuo em e-books.
Vou começar com os góticos, meus preferidos ;-)
Para vc, Marina. Acredito que agora você vai poder baixar todos eles.


Meu Atraente Vizinho - Betty HaleHyatt

Rosa Vermelhas Para Jenny - Charlotte Hunt

Os Porões do Medo - Cynthia Alcott

Portão para a Morte - Helen Arvonen

Pobre Menina Rica - Nancy MacDougall Kennedy

A Trama do Ódio - Poppy Nottingham

O Beijo Encantado Vol I

A Kiss at Midnight

Primeiro Volume da série Happily Ever After...

Eloisa James

SINOPSE:

"Forçada pela madrasta a ir a um baile, Kate conhece um príncipe... e decide que ele é tudo menos encantado. Segue-se um esgrimir de vontades, mas ambos sabem que a atração irresistível que sentem um pelo outro não os levará a lado nenhum. Gabriel está prometido a outra mulher — uma princesa que o ajudará a alcançar as suas ambições implacáveis.
Gabriel gosta da noiva, o que é uma surpresa agradável, mas não a ama.
Obviamente, deve cortejar a sua futura princesa, e não a beldade espirituosa e pobre que se recusa a mostrar-se embevecida.

Apesar das madrinhas e dos sapatinhos de cristal, este é um conto de fadas em que o destino conspira para destruir qualquer oportunidade de Kate e Gabriel poderem ser felizes para sempre.

A menos que um príncipe abdique de tudo o que o torna nobre...
A menos que o dote de um coração indisciplinado triunfe sobre uma fortuna... A menos que um beijo encantado ao bater da meia-noite mude tudo."



COMENTÁRIOS:

Eu li primeiro o segundo volume desta série ( Milagre de Amor), então, pensei que teria o mesmo tipo de leitura, mas me enganei. O Beijo Encantado é um livro cheio de características que me desagradam.  Em nenhum momento eu o considerei engraçado, o que já foi ruim, uma vez que era para me fazer achar graça em algumas passagens (e nestas passagens eu apenas pensava: Hummm, acho que era para eu achar graça nisso).
O Príncipe Gabriel é um mocinho arrogante e cheio de si e precisamos que os outros fiquem repetindo o quão maravilhoso e inteligente ele é a história toda. Por mais que tenham repetido isto eu continuei achando ele um metido a besta sem caráter.
A mocinha, Kate, é descrita como uma solteirona de 24 anos intelectual, mas o interessante é que no livro inteiro ela age como uma cabeça de vento que só se preocupa com a sua aparência.
Um ponto que me irritou muito foi a morosidade de Kate. Eita mulher chatinha! Se fazendo de vítima, sacrificando seus dias por conta das pessoas que moravam e trabalhavam nas terras de seu falecido pai, mas nunca se preocupou em procurar um advogado para saber sobre a herança que deveria receber. Ela teria ajudado este pessoal bem mais se tivesse usado o cérebro, mas então não poderiam dizer: Oh, como ela é boa!!!
Apesar de ter sido classificado como uma versão alternativa de Cinderela, não encontrei muitas semelhanças com o conto (pelo menos a versão mais famosa delas). A madrasta mal aparece e não é a bitch controladora que tenta conseguir que a filha se dê bem e que a enteada se dê mal a todo custo. A meia-irmã é mais bonita que Kate e começa o livro grávida porque a mãe nunca se ocupou dela. Além disso, era uma boa garota, de coração mole e amiga da meia-irmã. A madrinha, Henry, é a personagem mais divertida do livro, junto com seu terceiro marido, mas é estranho que ela tenha sido amante do pai de Kate. Henry o amou muito, mas o fato dele tê-la trocado por uma esposa rica e depois tê-la escolhido para ser madrinha da primeira filha fez com que eu concluísse que Henry não havia significado nada para ele.
Um detalhe que, de certa forma, me incomodou: todo mundo que entrava em contato com os cachorros da irmã de Kate (3 malteses) diziam odiar cachorros. O que há com este pessoal? Pelo menos os ingleses, pelo que sei, costumam amar cachorros. Além disso, senti pena dos animais selvagens que Gabriel tinha no castelo... ficavam afirmando como ele era bom por abrigar os animais, mas ele não ligava pros coitados, tanto que o leão vivia em uma jaula mínima, passou mal por comer o cachorro do tio (e isso virou uma péssima piada entre os protagonistas) e morreu cedo.
Eloisa James afirma que a história se passa em 1813, mas ao longo de todo o livro temos descrições de roupas, acessórios, perucas, cabelos empoados e muito mais que me situou nos anos 1700. Impossível não visualizar nesta época, especialmente quando a protagonista usa perucas (pela descrição muito feias - e olhem que eu amo perucas) quase que em todo o livro.
A trama, no entanto, foi o que mais me irritou: Kate ir passar dias no castelo do Príncipe, tio do noivo de sua meia-irmã, fingindo ser a meia-irmã (que estava com os lábios machucados e, muito feia), sendo que lá estariam muitas pessoas que conheciam sua meia-irmã.
De repente ela aparece usando as perucas da meia-irmã, suas roupas, com seus cachorros e seios de cera e é como se todos tivessem que engolir esta palhaçada. Pior é que a maioria engole...Oh, ela esteve doente? Oh, como ela está mais magra, até parece mais alta... sério?!
Para resumir, nada acontece neste livro. É! Nada! É chato! Entediante! Muito, muito chato! Absolutamente entediante!
Para completar meu desgosto total pelo livro, devo apontar o sexo...como sempre. Ele vai bem até certa altura (apesar das coisas sem sentido que acontecem), mas de repente a mocinha perde toda a sua personalidade e se deixa seduzir pelo Príncipe...que está noivo. E a mocinha pura e virginal decide abrir as pernas para ele durante a noite do baile que ele oferece para receber sua noiva russa, linda, jovem e bela. Ah, na sinopse diz que ele gosta da noiva... uma espécie de mentira, já que ele não a conhecia e só ficou conhecendo no dia do baile, quando ela chegou de viagem com o tio.
Dá para acreditar que temos páginas e páginas em que o Príncipe vai ao baile, dança com sua noiva depois volta correndo para a torre, onde Kate o espera e começa com preliminares, volta ao baile, mais preliminares, volta ao baile, tira a virgindade da moça com toda a aprovação dela PORQUE É MUITO NORMAL UMA MULHER DE BOA FAMÍLIA E VIRGEM DECIDIR QUE É UMA BOA IDEIA PERDER A VIRGINDADE DURANTE UM BAILE COM UM CARA QUE VAI CASAR COM OUTRA, E TUDO ISTO NO SÉCULO 19!!!
Bem, o que acontece depois de mais algumas páginas é previsível: o final feliz, blá,blá,blá... não vale a pena. Eu detestei este livro, detestei seus personagens, detestei a trama e detesto mocinhas burras e vadias e mocinhos cretinos que tem uma justificativa para tudo.
Quem realmente gosta de Eloisa James provavelmente vai ler, mas eu não recomendo, salvo se você é que nem eu, que tem compulsão para ler todos os livros de uma série, o que virou uma maldição, já que quase todos os livros vem em série atualmente. Nestes momentos de angustia eu recorro a maravilhosa Georgette Heyer e me alegro.

AQUI!!!!

Para não dizer que não gostei de nada neste livro, 
achei a capa bonitinha.

Igualmente bonitinha e cita os tais sapatos de cristal que a mocinha usa no baile.
O engraçado é que a esta altura do livro ela já assumiu sua personalidade como Kate, já que a irmã chegou curada, mas a irmã é que era famosa por usar sapatos de cristal e não Kate. Forçada braba para ela usar os tais sapatos.

 
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