Pescar uma Herdeira

Julia Quinn


Agents for the Crown

1. To Catch an Heiress - Pescar uma Herdeira.

2. How to Marry a Marquis - Como se Casar com um Marquês.


SINOPSE:



Quando a atraente Caroline Trent é sequestrada por Blake Ravenscroft ela não tenta evitar a este perigoso e bonito agente da coroa. Depois de tudo, ela esteve a maioria de seus dias fugindo das ofertas indesejadas de matrimônio do filho de seu guardião. Sim, Blake acredita que ela é uma espiã chamada Carlotta de Leão, mas só será por seis semanas, até seu vigésimo primeiro aniversário, então ela terá o controle de sua fortuna. Enquanto se ocultasse na companhia de seu captor misterioso e sombrio, isto será muito conveniente e romântico.
A missão de Blake Ravenscroft é levar Carlotta à justiça, não apaixonar-se. Seu coração se endureceu durante anos por causa da perda de sua noiva querida. Mas esta pequena tentadora garota prova ser estranhamente tenra e deliciosamente adorável. E repentinamente, o inconcebível se converte em possível. Será que este casal tão diferente está destinado ao amor?


MINHA OPINIÃO:

Desde pequena Caroline tem vivido com um guardião desagradável atrás do outro. Foi deixada aos cuidados de governantas, serviu como empregada não remunerada, e, perto de completar 21 anos, quase foi estuprada pelo filho de seu tutor mais recente. (A ideia era de obrigá-la a casar com o rapaz e assim manter o dinheiro na família). 
O livro começa de forma bastante promissora, com Caroline pensando que matou seu atacante, Percy, ao se defender do ataque de estupro. As reações dela são ótimas, mantendo a calma e pensando no que deveria fazer após matar o moço.
Na realidade Percy não morreu e, como não tem o menor desejo de se casar com Caroline, ajuda a moça a fugir da casa de seu tutor na calada da noite. 
A caminho de Portsmouth, Caroline é abordada por um homem armado que a acusa de ser a famosa espiãCarlotta De Leon, que está recebendo informações do guardião de Caroline, na verdade um contrabandista e traidor.
O cavaleiro misterioso que surpreende Caroline é Blake Ravenscroft, um agente do departamento de guerra, que está buscando trazer Oliver (tutor da moça) e seus companheiros à justiça. 
Vendo a moça saindo escondida da residência Prewitt na escuridão da noite, conclui que ela é a famosa espiã e a leva para sua fazenda nas proximidades, determinado a forçá-la a revelar os detalhes de seus planos malignos.
Caroline decide que o engano de Blake pode lhe ser favorávelEla teria um lugar para se esconder durante as seis semanas que faltavam para completar 21 anos. Apesar de ter gerado algumas cenas engraçadas, a decisão dela de tossir a noite toda para perder a voz foi uma coisa bem tola e soou meio que absurda.
Quando o Marquês de Riverdale (protagonista do segundo livro) chega a casa de Blake e revela que a moça não é a famosa espiã, após ficarem a par da história dela os dois homens concluem que devem fornecer refúgio a moça. Caroline decide fazer-se útil, reorganizando o jardim de Blake, organizando sua biblioteca e tornando-se um verdadeiro incômodo na casa. As cenas acabam não sendo muito engraçadas porque mais uma vez a moça parece apenas incapaz e estúpida.
Blake é dilacerado por sentimentos conflitantes. Sente-se atraído por Caroline, mas não gostaria de ser. O rapaz se sente responsável pela morte de sua noiva (e também agente da coroa) e prometeu nunca se casar. Blake é o protótipo de herói "torturado", que, por razões boas ou más, tem evitado o casamento e o amor, apenas para ser forçado a reavaliar sua posição ao conhecer a mocinha. Sua angústia não é totalmente convincente e, devo confessar, seu blablabla  é pra lá de chato. 
Caroline, como personagem, não faz sentido. Não existe nada em sua triste vida e terrível educação para explicar o tipo de pessoa que ela se tornou. Na verdade o caráter da moça não é desenvolvido em todo o livro.
A trama, que envolve a tentativa de provar que o tutor de Caroline é um traidor, não parece combinar com o restante do romance. Na verdade, a conclusão melodramática parece de alguma forma fora do lugar. É quase como se existissem dois livros com uma única capa.

CONCLUSÃO DA LEITURA:

A história começou muito bem. Minha primeira impressão de Caroline foi boa. Ela era uma mulher forte e alegre, com uma língua afiada e um passatempo único: o de escrever num caderno novas palavras para seu vocabulário, juntamente com o significado. Podemos encontrar uma palavra no início de cada capítulo. As respostas de Caroline me renderam boas risadas e eu estava amando a moça.
Blake, por outro lado, era um herói torturado que estava com medo de amar, porque se culpava pela morte de sua noiva, há cinco anos e tinha jurado jamais se casar. No inicio o mal humor dele e suas respostas emburradas foram engraçadas, mas a medida que a leitura avançava ele passou a se tornar muito irritante na lenga-lenga de não querer amar a mocinha.
De repente quase tudo passou a ficar forçado. Caroline se apaixona por Blake com ele tratando-a muito mal, acusando-a de espionagem e, em segundo lugar, quer se livrar dela a todo custo quando descobre seu erro.
Tudo o que posso dizer é  que não gosto de heróis que menosprezam sua heroína e se quer percebem que estão fazendo isso repetidamente! Também não gosto de heroínas que são cegas o suficiente para não perceberem que são menosprezadas. Para completar os vilões são da maior incompetência. No fim, o único personagem realmente adorável do inicio ao fim do livro é  James Sidwell, protagonista de "Como se Casar com um Marquês". Detalhe para os criados, que caem de amores por Caroline assim que se encontram com ela e passam a fazer de tudo para agradá-la, inclusive, só cozinham coisas boas para ela, tentando matar o resto dos moradores de fome. Isso não foi engraçado. Que espécie de senhor era Blake para admitir algo assim?
Um livro que começou tão bem e perdeu seu sentido pela metade da leitura. Uma pena. mesmo assim ainda valeu a leitura.







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