The House of a Thousand Lanterns



Escrito por Victoria Holt.
Bom, sobre a autora eu posso dizer com sinceridade que é uma de minhas autoras favoritas e, nesta classe, eu coloco apenas 3 delas. Claro que tenho mais escritoras na minha lista, mas eu abriria mão de todas pelos livros de Mary Stewart, Phillys Whitney e Victoria Holt.
Não vou dizer que todos os livros de Victoria são excelentes, mas a maioria é sim e, quando não são, continuam sendo bons. Claro, eu já me decepcionei com alguns dos livros dela, mas exatamente por esperar muito :-)
Este "A casa das Mil Lanternas" ficou aquém do que eu esperava, infelizmente. Havia uma constante promessa de suspense, que ficou relegada ao segundo plano. Você só é apresentado a ele nos últimos capítulos.
Jane começa sua história contando rapidamente como seus pais se conheceram e casaram e como o pai dela morreu, obrigando sua mãe a procurar emprego para sustentá-las. O pai de Jane era de família nobre e rica, mas contra os desejos dos pais não seguiu carreira militar e casou-se com uma jovem pobre. O resultado disto foi ser deserdado.
A mãe de Jane se torna governanta de um comerciante solteiro e rico, que permite que a menina passe os feriados na casa como se fosse da família. Todos os criados fazem suspense sobre o patrão como se ele fosse alguma espécie de monstro. Nunca são claros sobre o assunto, mas a moça fica cada vez mais curiosa, especialmente sobre o quarto do tesouro, onde o dono da casa mantém suas relíquias e que só ele e seu criado oriental possuem a chave.
O pobre criado oriental surge em cena apenas uma vez, sem se quer falar. No restante do tempo ele existe, mas, ao contrário dos demais criados, não aparece jamais. O patrão é um homem normal, sem mistério nenhum, sem nada de errado, como faziam crer. Ele está na casa dos 45, mas todos se referem a ele como um velho. Esta parte da história não tem sentido, uma vez que serve apenas para criar ilusões sem fundamento.
Bem, alguns anos mais tarde, quando Jane está com quase 18 anos, o patrão sugere que ela se torne sua aprendiz após sair da escola e ela aceita cheia de entusiasmo. Passa quase um ano estudando, volta para a casa e começa a ser treinada, porque isto é o que ela mais quer na vida, conhece o sobrinho mais jovem de seu mentor e aceita o pedido de casamento dele depois de passarem menos de uma semana juntos, abandonando todos os seus planos e abdicando do posto de aprendiz. Devo confessar que fiquei muito indignada com isso.
Em seguida ela casa, parte com o marido e depois de alguns meses descobre que ele havia sido casado e que a primeira esposa estava viva. Como desgraça pouca é bobagem, ela volta para a casa do antigo patrão grávida e descobre que sua mãe está no hospital prestes a morrer. Jane acaba por casar com o patrão, após ele quase morrer por um tiro recebido sabe-se lá de quem.
Como esposa dele, volta a ser treinada, blá,blá, os anos passam, blá, blá e só na metade do livro finalmente conhecemos a tal casa das lanternas. Ela, marido e filho vão para a China, onde fica a casa que agora também lhe pertence. Em menos de um ano seu marido morre e ela herda tudo. O administrados de seu marido quer casar com ela, o sobrinho mais velho de seu marido quer casar com ela, seu grande amor, agora viuvo, quer casar com ela. A esta altura eu já queria esganar esta mulher. Um ano se passa e o que ela faz? Casa de novo com o pai de seu filho e atende ao pedido dele de colocar o filho de ambos sob sua guarda caso ela morra (o marido anterior tinha deixado esta responsabilidade para o sobrinho mais velho).
É fantástico como Jane comete um erro atrás do outro certa de que sofreu muitas mudanças com o passar dos anos e que se tornou uma mulher forte, decidida, esperta. Disto para ela começar a ficar doente, como seu primeiro marido havia ficado, é um pulo. Você lê e vê de cara que ela está sendo envenenada, mas a criatura leva páginas e páginas para perceber que algo está errado.
O protagonista masculino é fraco, voluvel e, apesar da autora ressaltar o charme dele a todo instante, não vi charme algum. A mocinha é fraca, volúvel e burra. Como eu já disse, fiquei decepcionada com este livro porque esperava algo no nível de O Despertar em Menfreya, A Máscara da Sedutora entre outros. Não foi o caso. Eu classificaria A Casa das Mil Lanternas como o segundo pior livro que li de Victoria Holt.
A capa tem certo charme, mas a estranheza vence. A casa ao fundo é bonita e a mulher quase apagada, observando o casal, também, mas o casal me meteu medo. Suas roupas são horrendas (o que é a estampa do vestido da moça) e por que ela está olhando para a frente e para o alto como se estivesse em transe? Talvez estivesse em choque por conta das roupas.

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