Sugestões para 2008

TABAGISMO – Se você parou de fumar, retorne ao cigarro. Lembre-se de que os impostos do cigarro, em torno de 80%, constroem estradas que são como tapetes para você poder passear com seu carro. Na fumaça que se evola de seus pulmões, veja a quantidade de hospitais que poderão ser construídos, inclusive um para sua internação mais tarde. Eu sugiro de 30 a 40 cigarros por dia.

ALCOOLISMO - De modo semelhante ao cigarro, os impostos sobre as bebidas alcoólicas são uma paulada. Beba bastante e você dará sua contribuição para a construção de hospitais psiquiátricos - inclusive um só para você. Eu aconselho de três a quatro porres por semana. É ótimo para curar dor de cotovelo e chifrudice explícita.

ESTUDOS – Se você ainda está estudando, largue os estudos. Você está com 20 anos e ainda não conseguiu terminar o primeiro grau por perseguição dos professores. Você vai vencer na vida sem estudar. Basta espelhar-se em nosso presidente. Não é mesmo!

ALIMENTAÇÃO - Coma de tudo e bastante. Picanha, maçã de peito, feijoada e outros acepipes. Não se preocupe com colesterol. Ele não existe, trata-se de uma lenda inventada pelos médicos e nutricionistas. Nem se preocupe também com sua saúde. Deixe para os médicos, para isso eles estudaram.

DEPRESSÃO - Deprima-se em paz. Não deixe que ninguém atrapalhe sua depressãozinha. É um direito inalienável que assiste a você. Ponha pra fora do seu quarto todo mundo que quiser lhe dar conselhos sob a forma de papo-cabeça e outras baboseiras. De preferência deprima-se com um copo de bebida numa das mãos, na outra um cigarro e uma musiquinha de corno.

POBREZA - Peça aos deuses que deixem você ser pobre pelo menos um dia. Pois você está cansado de ser pobre todos os dias do ano.

( Tarcísio Barbosa )

ACHEI MUITO BOM,HEHEHEHEHEHE!

Dexter

Dexter (Michael C. Hall) trabalha como investigador forense de um Departamento Policial de Miami. Sua função é analisar causas de mortes, com atenção especial ao sangue, fluído que exerce certo fascínio sobre o personagem e, do jeito que a série é feita, associação direta.
Dexter é um sociopata. Dexter é um serial killer.
Somos informados durante a série que Dexter recebeu educação especial de seu pai adotivo, pessoa de extrema importância em sua vida e sobrevivência, o mais próximo de um elo emocional que alguém como ele poderia ter. Durante infância e adolescência, Dexter foi instruído por seu pai a reprimir desejos assassinos e canalizá-los para gente escrota de verdade (“Mas é preciso ter certeza absoluta”, aprende). Mais importante, aprendeu a se encaixar na sociedade, fingindo tudo a todos, até para sua irmã (Jennifer Carpenter, a Emily Rose em O Exorcismo de Emily Rose, muito mais branca aqui), policial do mesmo DP e com dom para palavrões.
Flashbacks muito bem encaixados nos apresentam a esse passado educativo.
De certa forma, Dexter é construído para ser “serial killer do bem”, mas, de qualquer maneira, temos aqui uma série que tem um assassino como protagonista-título, e a obra nunca nos deixa esquecer do fato, desde a abertura nos mesmos moldes de Masters of Horror, só que melhor. Um brilho só, a abertura mostra Dexter em suas atividades matinais, mas aludindo a meios de se matar alguém: fazer a barba, cortar bife e ovo, moer café, cortar laranja, passar fio dental, vestir camiseta... todas estas ações rotineiras ganham fortes interpretações visuais maldosas e violentas. Tema de abertura, de Rolfe Kent, parece obedecer a um largo sorriso, e, de fato, Dexter é programa bem divertido. Engraçado como “Dexter” remete muito mais a um nome crianção, inofensivo, impressões distantes da idéia de assassino.
Parte dessa diversão reside em Michael C. Hall (A Sete Palmos) no personagem-título, muito bom com a frieza disfarçada e narração em off que dosa ironia e sarcasmo enquanto nos revela o que ele realmente pensa – colegas de trabalho e namorada escolhida a dedo por causa de trauma ocorrido no aconchego do lar (Julie Benz, ótima) não são poupados de uma quase total indiferença confidenciada a nós. Tem o hábito de catalogar seus assassinatos com uma gota de sangue, retirada com delicadeza do rosto das vítimas quando presas em espaço totalmente a prova de pistas.
Tenho passado boa parte da minha vida em paz.Pelo menos acho que se pode dizer isso.Também acho que posso dizer que sou uma pessoa feliz.Não tenho tudo o que quero e tudo o que preciso,mas é uma alegria quando conquisto algo.Fico surpresa com as coisas mesquinhas que acontecem...eu não sou perfeita...longe disso,mas tento ser uma pessoa boa.Nem sempre consigo,obvio...e quando não consigo eu fico triste.Fico pensando no que aconteceu,no que me fizeram,no que fiz e assim por diante.Não gosto disso,pq me deixa com raiva. Não gosto de sentir raiva.E saber que as pessoas são menos do que eu pensava não é agradável. No momento eu estou com muita raiva porque fui boba deixando que me atingíssem. Estou tentando controlar a raiva e esquecer isto...a vida é muito rápida e importante para ser gasta com coisas deste tipo.Quando eu pensei que fosse morrer em breve foi horrível...e ninguém que passou por isso sabe como é...ninguém!Por isso a raiva...por estar frágil...por estar sentindo coisas que me fazem mal...eu tinha prometido a mim mesma que jamais voltaria a me entristecer e zangar com futilidades,mas não estou conseguindo evitar.Eu não gosto de ser atacada.Por isso eu peço desculpas por ter incomodado vocês com assuntos que não dizem respeito e ter sido incoveniente.

Medíocre sim, e por que não?

O mundo nos chama ‘a mediocridade. ‘a metade do que eu poderia ser. O mundo implora a minha independência dependente, ao meu individualismo solidário, a minha criatividade com limites e leis. Por que o mundo precisa de controle, e eu preciso estar no mundo, e o mundo precisa de mim. Pra quê? Não sei. Estou aqui. A instabilidade não pode fazer parte do meu ser. Por que sou LUZ, PAZ EQUILÍBRIO, por que sou AMOR... e o amor é perfeito. E eu busco a PERFEIÇÃO. Pra quê? Pra viver. Como? Não importa: é assim que tem que ser. Por isso sou medíocre com muito prazer. Sou menos do que poderia ser. Não sou nem muito nem pouco. Sou equilíbrio. Como o universo, como os sistemas, como o Brasil. Sou normal sou padrão. Nada de exageros, nem comigo mesmo. Por que sou metade. Não posso ultrapassar, parar nem correr. A mediocridade me faz ser, um ser que devo ser. Por que? Por que é assim que tenho que ser. Nada de mais, nada de menos. Sou igual a você. Nada de quero, ou não quero. Não tenho querer. Sou médio. Nem muito, nem pouco. Na medida certa, até que enfim deixar de ser.
 
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